O torcicolo congênito é uma alteração muscular comum em bebês, caracterizada pela contração involuntária do músculo esternocleidomastoideo, o que faz com que o bebê mantenha a cabeça inclinada para um lado e o queixo voltado para o outro. Na maioria dos casos, ele é identificado nos primeiros meses de vida e tem ótima resposta ao tratamento fisioterapêutico e osteopático, especialmente quando iniciado precocemente.
Mas afinal, o torcicolo congênito pode causar assaduras ou irritações de pele se não tratado?
A resposta é sim — e isso acontece de forma indireta. Quando o bebê mantém a cabeça sempre na mesma posição, a pele do pescoço fica constantemente em contato, o que dificulta a ventilação da região e favorece o acúmulo de umidade, suor e restos de leite. Esse ambiente quente e úmido é ideal para o surgimento de assaduras, irritações e até pequenas infecções de pele.
Além disso, o bebê pode apresentar assimetria facial e craniana (plagiocefalia posicional) e atrasos no desenvolvimento motor, pois a movimentação limitada interfere na rotação da cabeça e no fortalecimento do pescoço e tronco.
A osteopatia pediátrica atua de forma suave e segura, buscando restabelecer o equilíbrio das tensões musculares e articulares. O terapeuta avalia a origem do torcicolo — que pode estar relacionada a uma posição intrauterina, parto difícil ou tensão craniana — e aplica técnicas manuais específicas para liberar restrições e favorecer a mobilidade natural do bebê.
Associado à osteopatia, o acompanhamento com orientações aos pais é fundamental. Mudanças simples, como variar o lado em que o bebê é deitado, estimular o olhar para ambos os lados e evitar o uso prolongado de travesseiros ou posicionadores, fazem toda a diferença.
Com tratamento precoce e adequado, o bebê recupera rapidamente a amplitude de movimento, evitando desconfortos, assaduras e complicações futuras.