A cirurgia ortognática é um procedimento realizado para corrigir alterações nos ossos da face e maxilar, melhorando tanto a estética quanto a função mastigatória, respiratória e articular. Após a cirurgia, o paciente passa por um período de adaptação importante — e é aí que entra a fisioterapia pós-operatória como parte essencial da reabilitação.
Nos primeiros dias após o procedimento, é comum haver inchaço, rigidez muscular, dor e limitação dos movimentos mandibulares. Sem o acompanhamento fisioterapêutico adequado, o paciente pode desenvolver aderências, assimetrias e dificuldades na mastigação ou fala.
A fisioterapia atua de forma progressiva, respeitando cada fase da recuperação. Inicialmente, o foco está na redução do edema e alívio da dor, com técnicas como drenagem linfática facial, crioterapia e orientações sobre postura e cuidados domiciliares. Em seguida, o tratamento evolui para mobilizações manuais suaves, exercícios de abertura bucal e reeducação da musculatura orofacial, sempre sob supervisão do cirurgião responsável.
Outro aspecto essencial é o trabalho na coordenação entre músculos da face, língua e pescoço, fundamental para restaurar a mastigação, a deglutição e a fala com naturalidade. O fisioterapeuta também orienta o paciente quanto à postura cervical e respiração nasal, evitando compensações e tensões no pescoço.
O tratamento fisioterapêutico pode durar de algumas semanas a alguns meses, variando conforme o tipo de cirurgia e o tempo de recuperação individual. Quando bem conduzido, ele proporciona melhor mobilidade, estética facial equilibrada e retorno mais rápido às atividades diárias.
Portanto, a fisioterapia é parte indispensável do pós-operatório ortognático, garantindo uma recuperação completa, funcional e harmônica — unindo ciência, cuidado e movimento em cada etapa do processo.